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Reflorestamento nacional...

Hoje no Globo Rural uma das reportagens me chamou muito a atenção. Falava sobre uma planta Brasileira utilizada no reflorestamento de áreas degradas seja pela extração ilegal de madeira ou pela exploração de áreas como pastagens para criação de gado. O paricá possui muitas semelhanças com o eucalipto, mas algumas características o tornam muito vantajoso com relação ao seu concorrente estrangeiro. A principal delas é se tratar de uma árvore nativa que ocorre na Amazônia brasileira, venezuelana, colombiana, peruana e boliviana. No Brasil, é encontrado nos Estados do Amazonas, Pará, Mato Grosso e Rondônia, em solos argilosos de florestas primárias e secundárias, tanto em terra firme quanto em várzea alta. Ocorre em altitudes de até 800m. Árvore de rápido crescimento e de menor manejo que o eucalipto, que fixa nitrogênio no solo preservando a umidade natural e florescendo no período de seca proporcionando uma rica fonte de alimento para grande parte dos seres que habitam em suas proximid

Chuvas no Norte de Minas

Depois de longos meses de seca fomos agraciados com a benção das chuvas de fim de ano. Aqui as chuvas ocorrem somente no meses de outubro, novembro, dezembro e parte de janeiro. No restante do ano somente sol e muito calor. A transformação da vegetação é quase que imediata, basta algumas horas de chuva pra tudo mudar de cor... o verde começa a predominar sobre o amarelo fosco da vegetação ressequida. As primeiras floradas já começaram, em especial o pequi que nos fornece rico alimento durante um bom período. É período de "fartura", o agronegócio acelera e as famílias da zona rural comemoram os bons resultados. E como não falarmos de nossas abelhas??? Bastou as primeiras flores aparecerem, e olha que nem são muitas, e a movimentação triplicou. Para mim está sendo maravilhoso ver tanta movimentação, tinha divisão que pensei que nem iria vingar devido a falta de pólen para alimentar a colônia. Nessa colônia já observei 1 disco de postura novo com muitas células e 1 segundo disco

Falta de padrões...

Nessa postagem quero externar a minha opinião a respeito de aquisição, tipos de caixa, embalagens de envio e formas de envio. Com relação a aquisição de novos enxames encontro as seguintes dificuldades: Valores de enxames - enquanto em um determinado fornecedor o enxame custa R$ 200,00 o mesmo enxame em outro fornecedor custa R$ 400,00. E, não é pq o enxame de valor maior é melhor. É muito comum ser o contrário, basta saber de quem adquirir. Esse é um ponto que deveria ser melhor discutido entre os criadores na tentativa de termos um parâmetro de avaliação de preços. Não estou dizendo aqui o preço que cada um deve colocar em seu produto, não é isso. Somente estou propondo uma base de valor para saber se o preço está abusivo ou não. É muito bom saber que os meliponicultores se esforçam para criar métodos, ferramentas e caixas racionais para um melhor desempenho das colônias. Mas por outro lado, ao adquirir um novo enxame existe a possibilidade de vir nas mais diversas formas, medidas, t

Expansão do eucalípto

Visitei recentemente a cidade de Itamarandiba/MG - Vale do jequitinhonha. Fui convidado pelo meliponicultor e também preservacionista Daniel Fernandes. Existem espécies como a uruçú amarela, guaraipo, guiruçú, mandaçaia QA, manduri, moça branca, mocinha preta, mandaguari amarela e muitas outras. Várias das espécies citadas acima tive oportunidade de ver na natureza, coisa que só tinha feito pela internet mesmo. Na minha região a mandaçaia QA praticamente desapareceu. Dificilmente é encontrada na natureza. Lá ela ainda é abundante, porém a expansão do eucalipto pode destruir esse ecossistema que resiste mesmo a tantas adversidades. Foi uma viagem longa, praticamente 500km ida e volta, mas valeu a pena. Durante o trajeto, praticamente metade acompanhado por plantação de eucalipto, pude perceber como a cultura dessa espécie vegetal pode modificar uma região. As vezes ficava em dúvida sobre minha opinião a respeito do eucalipto. Por ser preservacionista ficava terminantemente contra, mas p

Fossas sépticas biodigestoras

Uma boa dica pra utilizar na sua propriedade rural ou até mesmo ajudar/ensinar um povoado conhecido que seja carente de informações preciosas como as que veremos a seguir: A maioria das propriedades rurais do interior do Brasil utiliza fossas sanitárias escavadas como cisternas secas para receber o lixo sanitário de suas residências. Esse composto é altamente poluidor e a forma como é armazenado propicia a proliferação de microorganismos nocivos que irão contaminar o lençol freático que abastece as cisternas ou riachos próximos, além de proliferação de baratas, escorpiões e outras pragas. Nos links abaixo você verá de forma bem ilustrada e com riqueza de detalhes a maneira mais prática de construir sua fossa séptica biodigestora. Link 1 : http://www.youtube.com/watch?v=hLd6PxYqN9Y&playnext=1&list=PL426EEE6986B3EE4F Link 2 : http://www.youtube.com/watch?v=y81hOYezYpQ&playnext=1&list=PL426EEE6986B3EE4F Estou indo amanhã cedo pra roça fazer o manejo de minhas apis e melípo

Faça você mesmo...

Pesquisando na internet por diferentes espécies de melíponas pelo mundo acabei encontrando um vídeo interessante sobre permacultura onde o dono da propriedade construiu uma estufa para cultivo de hortaliças e árvores frutíferas diversas. Nessa estufa foi introduzida uma caixa de trigona carbonaria. Logo de cara percebemos se tratar da Austrália ou regiões próximas. Mas o que me chamou atenção nesse vídeo foi a "reciclagem" do lixo doméstico para produção de húmus utilizado na pequena lavoura. O proprietário instalou um pequeno minhocário constituído de 3 caixas grandes de plástico (tamanho parecido com o de um engradado de cerveja) sobrepostas, sendo as duas primeiras com o fundo perfurado para passagem de líquidos (chorume) e minhocas. A compostagem é feita com sobras de alimentos, folhas, pequenos galhos, folhas de papel, cerragem e frutos apodrecidos. Como o conjunto é fechado com tampa, não existe proliferação de mosquitos (pelomenos é o que se espera) e o chorume é retir

Novas opções vegetais

ACÁCIA MANGIUM REFLORESTAMENTO DE "ACACIA MANGIUM" RENDE U$91,000/HECTARE Acacia Mangium é uma nova árvore capaz de produzir madeira de excelente qualidade, crescer 5 m/ano ou 321,93 m3/ha em 5 anos e produtos apícolas e tanino de boa aceitação nos mercados nacional e internacional. Na Índia, a espécie vem sendo empregada em substituição à Teca (Tectona grandis), com vantagem e maior lucratividade, rendendo até US$91.856,75 por hectare, desconsiderando o aproveitamento da madeira de desbaste, do tanino, do mel extraído das folhas e flores, da própolis, da cera, da geléia real e da forragem das folhas que contém 41% de proteína. Sua madeira é largamente utilizada nas indústrias de base florestal para a fabricação de papel e celulose; móveis de excelente qualidade, portas, carvão, MDF, madeira-cimento, aglomerados, laminados, tábua de fibra de madeira e cimento (WWCB), OSB e moradias, a exemplo do que vêm sendo feito nas Filipinas. As novas leis ambientais proíbem a extração de

Jandaíras a todo vapor !!!

O inverno ainda castiga as noites do norte de minas. Dias muito quentes acompanhados de noites muito frias. Uma verdadeira tortura para nossas ASFs. Mesmo com todas essas adversidades a jandaíra está trabalhando a mil por hora. Algumas floradas estão aparecendo mesmo sem as tão necessárias chuvas que iram transformar a paisagem local e fazer tudo melhorar. O entre e sai de abelhas nas caixas é constante, coisa linda de se ver, no entanto minhas amigas tiúbas e mandaçaias QQ não estão reagindo como gostaria. Estão lentamente trabalhando, com pouca movimentação, motivo pelo qual irei investir mais na jandaíra e em breve nas tão sonhadas uruçús nordestinas e amarelas. Aproveito a oportunidade para saber se algum colega meliponicultor teria disponibilidade de colônias dessas duas espécies pra venda. A exigência que faço é de que a caixa seja composta de ninho e sobreninho com enxame forte, nada de divisão recente com apenas ninho. Aguardo resposta dos colegas meliponicultores.

Abelhas Nativas

Semana passada estive visitando uma propriedade rural que meu pai adquiriu quase na divisa do estado de Minas Gerais com Bahia. A distância até a divisa é de aproximadamente 30km. Pude observar a enorme diferença do clima, vegetação e solo. Notei que as aroeiras floriram antes lá do que aqui. A quantidade de imburanas é incalculável. Muitos angicos, barrigudas, cactos (não sei que tipo são mas parecem com os de filme de faroeste), aroeiras e outras que nem nunca tinha visto. Solo do tipo arenoso com cor semelhante a argila e o mais surpreendente de tudo, extremamente fértil. Pela abundância de espécies animais encontradas logo de cara percebi que no período de "fartura" aquela região agradece de forma rápida as primeiras chuvas que caem. Mas e as nossas nativas? Logo de manhã, por volta de 08:00h, a visitação de apis a uma árvore que desconheço é intensa. A única que avistei por aquelas "bandas" foi uma scaptotrigona que acredito ser a tubuna (lá chamada popularment

Sínceras Desculpas...

Pessoal, estive ausente do blog mas não da meliponicultura. Peço desculpa a todos que seguem minha humilde postagem e para compensá-los informo que estou desenvolvendo um software de "Gestão em Apicultura/Meliponicultura". A ênfase maior do trabalho como todos sabem é a meliponicultura. Tenho coletado informações que julgo serem relevantes e conto com a contribuição dos senhores para que seja feito um trabalho que atenda a maioria com qualidade. Não posso prometer uma data de finalização por estar criando paralelamente um software de "Gestão Empresarial". A medida em que o projeto for tomando forma, irei postar imagens de como ele está ficando mostrando algumas telas de cadastramento e manejo. Tenho certeza de que irão gostar. Voltando ao assunto meliponicultura, minha rotina matinal está sendo a alimentação artificial devido a pouca florada e baixa umidade relativa do ar aqui na região norte do estado de MG. Demorei começar a alimentação e uma das minhas jandaíras

Um milagre da natureza

A Moringa Oleífera (Moringaceae), planta originária da Índia é considerada por botânicos e biólogos, um milagre da natureza. Uma esperança para o combate da fome no mundo. Rica em vitaminas e sais minerais, ela tem: a) Sete vezes mais vitamina C que a laranja; b) Quatro vezes mais cálcio que o leite; c) Quatro vezes mais vitamina A que a cenoura; d) Três vezes mais potássio que a banana; e) Duas vezes mais proteína que o leite (cerca de 27% de proteína, equivalente à carne do boi); e) Mais ferro que o espinafre; f) Vitaminas presentes: A, B (tiamina, riboflavina, niacina), C, E, e beta caroteno. g) Minerais presentes: Fósforo, Ferro, Selênio e Zinco. Pesquisa na internet, mostrará centenas de referências. É considerada medicinal. Estudos demonstraram sua eficiência em dezenas de doenças: é anti-diarréica, anti-inflamatória, anti-microbiana, anti-espasmódica, anti-diabética, diurética, vermífuga (flores e sementes). UTILIZAÇÕES POSSÍVEIS DA PLANTA SEMENTES - De sua semente se extrai um

Ouro verde - Será???

Escrito por: Flávio Diversidade de produtos, facilidade de adaptação e madeira nobre e resistente são marcas registradas da espécie; Além de auxiliar no reflorestamento e na preservação ambiental, a árvore oferece altos rendimentos aos produtores rurais Guarda-roupa, creme rejuvenescedor, remédio cicatrizante: estas são só algumas das possíveis aplicações do Guanandi (Calophyllum brasiliense Cambess.) . Também conhecido como Jacareúba e Santa-Maria, o Guanandi é uma árvore nativa brasileira, presente nos biomas da Amazônia, da Mata Atlântica e do Cerrado. Considerada madeira de lei desde 1835, a espécie possui grande potencial de adaptação, ocorrendo em áreas pouco férteis, pedregosas, rasas ou sujeitas a inundações. Isso mesmo, o Guanandi pode crescer até embaixo d’água! A resistência ao apodrecimento foi, inclusive, um dos fatores que determinaram a larga utilização da árvore como matéria-prima da indústria naval, nos tempos da coroa portuguesa. Hoje em d

Nova experiência...

Tenho perdido algumas divisões de mandaçaia e tiúba nos últimos meses, mesmo fazendo a divisão utilizando o método tradicional. Ocorre que nessas novas colônias as princesas que nasceram não foram aceitas, na maioria das vezes encontro várias delas decapitadas. Olha que não são poucas as princesas... cheguei a retirar de uma única divisão de mandaçaias 16 princesas mortas sendo várias delas decapitadas. O mesmo ocorre com as tiúbas. Em um certo momento cheguei a ter 2 rainhas nessa divisão, comentei no grupo ABENA se isso seria normal e após alguns dias inexplicavelmente elas sumiram. Não achei nenhuma das 2 dentro da colônia. Um amigo meu de grupo ABENA me disse que as tiúbas são realmente complicadas, talvez pelo fato de haver no meliponário apenas uma colônia ou até mesmo por dificuldade de adaptação no novo habitat. Sinceramente não sei o exato motivo disso acontecer. As minhas divisões realizadas com a abelha jandaíra utilizando o mesmo método sempre vingaram e a princesa começa a